Quando vem o vazio, num momento,
Caio nas armadilhas do tempo,
São amigos que ficam pra trás,
Lá nos dias que não voltam mais;
E no final,
Deixo vencer a teimosia
De insistir na poesia
Como forma de viver,
Como animal,
Vou farejando a minha vida,
Fugindo para me encontrar,
Fugindo...
Venha cantar
O grito mudo das pessoas
Buscando a luz e a direção,
Sentidos...
A vida é
Brinquedo na mão de criança,
O importante é saber brincar,
Amigo;
É mais que um hit de melancolia,
O que faço para lhe confortar,
Na sinfonia eterna do mundo lá fora,
Que não pode parar,
É o momento oportuno em que eu fecho os olhos
Pra poder enxergar,
Meu documento é o semblante, no seu alto-falante,
Quero me expressar
vou mandando uma carta aos amigos,
Carta aos amigos de lá,
vou mandando uma carta aos amigos,
sou pombo-correio sem lar.
E para além dos amigos:
"Um dia
nossa humanidade
atingirá seu objetivo
destruída pela prece
de superar o passado
no desafio de vestir-se bem
aos olhos das obrigações que criou
persiste escrevendo sua história
em cada passo
repassado aos outros"
Adriano Amendola
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